segunda-feira, 1 de junho de 2009

Imprensa não deixa cair história da menina «exilada» de Portugal

A diplomacia russa está a ser alvo de fortes críticas na imprensa devido à sua participação no processo de entrega de Alexandra à mãe biológica.

«O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, que colaborou na devolução de Alexandra à mãe biológica, optou pela posição de patriotismo informativo. O tom das declarações dos seus funcionários é clara: não é preciso fazer da mosca um elefante. Embora fosse mais correcto dizer: fazer de um elefante uma mosca, em que se transformou a transferência da menina para a Rússia», escreve o diário Moskovski Komsomolets.

Na quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia acusou órgãos de informação russos e portugueses de publicarem «artigos claramente provocatórios» sobre este caso.

«Não é importante o futuro da criança, que de facto caiu noutro mundo e que nem sequer fala russo, porque, ao que tudo indica, a mãe não falou com ela até aos seis anos. O importante é conservar a imagem de grande potência. Por isso é preciso, pelo menos por enquanto (se é possível! por favor!), não bater na criancinha em frente das câmaras. E não falar com os jornalistas com a voz embrulhada a uma mesa coberta com as nossas iguarias nacionais», ironiza o diário.

Escreve o Moskovski Komsomolets: «As nossas autoridades e órgãos de informação oficiais parecem ter desaprendido a olhar para a situação de forma simplesmente humana. Por isso, na realidade, hoje, a imagem da Rússia é salva não por funcionários indiferentes e jornalistas patrióticos, mas por pessoas simples».

O diário tem em vista a onda de simpatia para com o casal de acolhimento português na Internet russa.

Os canais de televisão, incluindo o NTV, que iniciou a discussão ao mostrar as imagens de violência sobre Alexandra, deixaram de abordar este tema.
A criança, que fala apenas português, passou recentemente a viver com a mãe e a avó numa cidade russa, a 350 quilómetros de Moscovo.

TVIonline - 1 de Junho de 2009

22 comentários:

  1. Até o facto de chamarem a Alexandra de "menina russa" me revolta.

    Filha de mãe russa, filha de pai ucraniano, nascida em Braga, criada em Portugal por uma família portuguesa até aos 6 anos, só fala português.

    Alguém consegue explicar porque é que é "menina russa", bolas.

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  2. Meu Deus cada vez mais me sinto impotente em relação a este assunto, já mandei mail's para várias instituições, Presidente da Republica, já assinei não sei quantas vezes a petição on-line e não vejo nada a acontecer. O assunto não é esquecido e isso é bom, mas será que ninguém faz nada em concreto? Onde estão os poderosos destes país? andam todos em campanha a mentir aos portugueses. Isto revolta-me. Por favor Deus não te esqueças desta menina que apareceu nesta família carequinha por causa dos piolhos e das pulgas e pesava menos de 5 Kilos. Como é possivel ter voltado para alguém que não tratava bem dela ... pobre menina!!!! Só me apetece chorar, todos os dias choro ao pensar nessa e em outras meninas e meninos que passam por isto todos os dias.

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  3. Infelizmente, só vamos conseguir que ela volte se a opinião pública russa pressionar, e pressionar muito. Já não esta nas nossas mãos, esta nas deles. Temos de fazer tudo para que os cidadãos russos façam deste caso um caso deles. É a única hipótese

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  4. Este caso parece-nos mais violento à medida que vamos reflectindo sobre ele. Como dizia num comentário algures, a menina foi levada para casa de estranhos com os quais partilha apenas o ADN, mais nada. Por isso é olhada como se de um "animalzinho se tratasse" (expressão da imprensa russa). Como é que um juiz do tribunal de família não pensou nisto? Como é que não solicitou pareceres de técnicos que lhe permitissem avaliar o risco para esta criança e o comprometimento emocional para o futuro? Eu sou uma simples professora e nem consigo imaginar como esta menina irá gerir este choque terrível. Por favor reflictam e ponham a mão na consciência! É inacreditável que este caso tenha sido tratado de forma tão leviana e cruel.

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  5. A internet é o meio mais eficaz de não fazer esquecer este caso. Por favor divulguem a história aos vossos contactos e peçam para virem ao site e colaborarem!
    Caros amigos

    A Alexandra é uma menina russa que nasceu em Portugal e que foi colocada numa ama de confiança da sua mãe, em Barcelos, para que a ajudasse a criá-la, pois não tinha condições para isso. Sem emprego, sem condições de subsistência, com frequentes episódios de alcoolismo e prostituição a sua vida era errática. A pequena Alexandra foi recolhida, aos 17 meses, em condições deploráveis de subnutrição e negligência. A família que a recebeu, comunicou o caso à Segurança Social e à CPCJ e foi-lhe atribuída a guarda da criança com base na figura jurídica de “confiança a pessoa idónea”. A mãe visitava a filha com alguma regularidade, mas sem lhe manifestar afecto e sem se preocupar em ensinar-lhe a sua língua materna, o russo. O tempo foi passando e esta menina passou a amar esta família, que a amava também, a sua língua materna é o português e não fala outra língua, frequentava a escolinha e tinha os seus amigos, portanto uma vida equilibrada igual à dos nossos filhos que tanto amamos. A mãe da menina continuava a sua vida errante sem se preocupar com a filha, até que o SEF lhe dá ordem de expulsão, pressionada ela agarra-se à filha e diz que não pode partir sem ela. Daqui ao tribunal foi um passo: o tribunal de Barcelos reconhecendo o perigo para esta criança, atribui a sua guarda à família que acolheu a menina. A mãe apela ao Tribunal da Relação, o Consulado Russo intervém dizendo que a menina teria boas condições de vida na Rússia (sabemos hoje que nada disso é verdade, pelo contrário). O juiz decide com base em factos não comprovados (relatórios russo) e anulando a prova feita em Barcelos, ordena a partida da menina para a Rússia, sem um plano estruturado de desvinculação progressiva, a família de acolhimento ainda tentou lutar contra a crueldade da sentença, mas nada conseguiu. No dia 19 de Maio, a menina foi retirada à força do colo da sua família, num quadro de extrema violência psicológica, que marcou para sempre todos as pessoas de bem, que tiveram oportunidade de ver aquelas imagens na televisão. Lá está ela, num país distante, numa casa estranha, com pessoas que não entende e, a julgar pelas reportagens que têm chegado da televisão e da opinião pública russas, sem afecto, sem condições económicas, e num quadro de possível alcoolismo. O seu futuro é, portanto, incerto e precário. Está a sofrer, pois sente-se abandonada por aqueles que considera a sua família, foi arrancada do seu lar e este trauma marcará para sempre a sua vida. Existe um movimento de solidariedade para com a pequena Alexandra, para tentar reverter este quadro de sofrimento e para fazer pressão para que não haja mais “Alexandras em Portugal e no Mundo.
    Por favor, visite o site da pequena Alexandra, dê o seu contributo se puder, assine as petições e passe esta história dramática aos seus amigos!
    Em nome da Alexandra,


    Muito obrigada!


    Maria M.

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  6. Vejam esta noticia!

    http://www.readmetro.com/show/en/Lisbon/20090601/1/4/

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  7. Quanto mais vejo, quanto mais leio, mais revoltada fico! Sem as conhecer, fico com o coração apertado, muito apertado e não consigo evitar que os olhos fiquem marejados de lágrimas! Penso: Que seres humanos são estes que colocam os seus direitos parentais (EGOÌSTAS)à frente da felicidade dos filhos, depois de terem permitido que fossem criados por outra família e que tivessem outra língua materna? O que era preciso esta mãe fazer mais, para a justiça perceber que não tinha condições para criar a filha!Pelo amor de Deus, ela já abandonou duas filhas! Isto é uma tortura, para a menina e para todos aqueles que se preocupam verdadeiramente com as crianças!Por favor lutem!Quando a imprensa deixar de ir `aquela aldeia, quando as autoridades russas deixarem de se preocupar com o caso, o que será daquela menina que tem como pátria a língua portuguesa!

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  8. Pobre menina, ao menos tem a cadelinha com ela para fazer companhia. Todos os dias tenho rezado por ela, para que volte.Este caso está a emocionar-me muito. Lúcia

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  9. Acho que seria mto bom pedir a intervenção do Santo Papa

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  10. Tem de haver organização...
    Os admin do blog poderão colocar no topo ou de lado os e-mails ou links a que podemos aceder para envio de e-mails...
    Todos temos de ajudar.... é o nosso dever

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  11. Sr António,

    Perante a nossa legislação a menina é Russa, veja na Internet!
    Russa ou não é uma criança maltratada e por isso a nacionalidade nãi importa.

    O facto de uma pessoa nascer em Portugal não faz automáticamente esse alguem ser português. Nem noutros países isso acontece!

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  12. Que mundo tão injusto este. Sabemos que todos os dias morrem à fome milhares e milhares de crianças, são violadas, obrigadas a trabalhar, não têm cuidados de higiene e de saúde. Como é que uma criança que está feliz, bem cuidada, bem amada é privada de tudo isto. A pequena Alexandra foi enviada para o Inferno. Tiraram-lhe um futuro! Tiraram-lhe Amor e afecto. Só de ver as duas fotos no Metro dá para perceber o quanto a menina sofre. No início em que tudo era novidade ainda esboçava um sorriso, agora dissipou-se. Alguém com influência Por Favor salve esta menina. No dia Mundial da Criança reflictam se é assim que se respeitam as crianças. A Alexandra já sabe o que quer OIÇAM-NA!!! Deixem-na ser feliz. Deixem-na voltar para o calor do lar dela e para a segurança e estabilidade que ela lá tinha. Estou contigo linda.

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  13. Não interessa se era russa ou portuguesa! Durante 6 anos esteve sob a jurisdição portuguesa que a protegeu até que um Sr. Juiz do tribunal da relação de Guimarães concluiu que tinha sido tudo um equívoco, que a mãe nunca a maltratou e que, ao contrário, terá sido maltratada pela família de acolhimento. O choque emocional e o futuro da menina não lhe interessa nada, porque ele não a conhece. Se fosse sua vizinha ou parente o caso seria diferente. Em Portugal é assim que funciona, há responsáveis que vivem numa torre de marfim e julgam-se superiores ao povo, que tratam com desdém e desprezo. Esta menina foi tratada com desprezo, porque foram violados os seus direitos fundamentais! Foi posta em perigo a sua integridade física e psíquica, no presente e no futuro, por uma decisão judicial. Não me calarei jamais!Maria M.

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  14. Nesta reportagem do Metro dá para perceber que a avó é a "trave da casa"... reformada e ainda trabalha!! mas como todas as traves... um dia cederá... e depois?! Quem sustenta a família?!

    O juiz português ficou impressionado com esta avó!! Economista, reformada e ainda a trabalhar... mas será que o senhor juiz se informou de quanto ganha esta senhora?! das condições da habitação?! - Não acredito.

    Às pessoas que contactam com a família do coração, alertem para que contactem com o conselheiro do Presidente Russo!! Juntem toda esta informação!!

    Será que os jornais russos também publicam esta notícia?!

    Será só os nossos jornais vêem isto?!

    Olhem só a foto em como ela está "feliz" na Russia:

    http://www.readmetro.com/show/en/Lisbon/20090601/1/1/


    Que este inferno termine...

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  15. Xaninha
    Esta é a forma que eu tenho de te homenagear no dia Mundial da Criança; um milhão de beijos para ti e para todos os meninos deste mundo.
    Rezo para que voltes e enquanto esse dia não chega minha querida, que Deus te proteja.
    A todas as pessoas que apoiam esta causa,muito obrigada e continuem a lutar, àqueles que a ignoram ou criticam, que Deus vos dê em dobro o que voçês desejam à menina.

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  16. A reportagem do readMetro é muito sensata, não enfatiza a desgraça e dá a conhecer a personalidade (maternal) da Natalia. Para se legalizar, tinha que trabalhar 3 meses mas Natalia não queria pagar impostos...
    A filha mais velha só esteve a viver com ela 2 dias, porque será? Depois pediu para voltar para a casa anterior (era a da avó onde se sentia bem, podia ser a casa de outra pessoa)
    A filha mais nova (Alexandra) também merece escolher com quem quer viver.

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  17. Juridicamente chegou-se mesmo a um beco, estou certa?? Mas não baixem os braços, façam barulho chamem a atenção mais ainda, deve haver algumas figuras publicas q gostariam de dar a cara, tipo o Critiano Ronaldo ou outro, ponham os olhos nos Mcann no sentido de todo o espectáculo mediàtico,mas não deixem esquecer. Alguma coisa se pode fazer.. chamem-me maluca mas nas condiçoes q está ser criada não deve ser dificil tira-la daquele buraco daquela mulher nojenta, sem o aval de qualquer tribunal e começar uma vida em familia num pais onde não há extradição e ainda melhor fala-se português...

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  18. Porque não ouviram esta menina? Porque não lhe acudiram quando ela gritou! Porque a mandaram para o outro lado do mundo, arrancando-a com violência extrema dos braços daqueles que considera seus pais? Por não cuidaram da sua protecção e do seu futuro? Porque deixaram que fosse portuguesa e agora a obrigam a ser russa?
    Porque...porque...porque...não nos respondem?

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  19. Alguém que traduza a reportagem aos St Petersburg Parents, p.f.:
    http://www.readmetro.com/show/en/Lisbon/20090601/1/1/

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  20. Volto a repetir: a filha mais velha escolheu, ao fim de 2 dias a viver com a mãe, a casa e pessoa para onde queria regressar.
    A filha mais nova (alexandra/Sandre) também merece escolher e a sua vontade ser atendida como foi a da filha mais velha.

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  21. Alguem pode contactar o papa? Ele poderá fazer alguma coisa.Por favor contactem-no.

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  22. Sra. Maria,

    Pelo simbolo antes do seu nome, parece-me que é uma das administradoras deste blog! Estou correcta?!

    Sendo assim, acha que o advogado pode juntar toda esta informação, e enviar para a Segurança Social Russa e para o Conselheiro do Presidente Russo?! As palavras do Sr. Nikolai Svanidzé, vão no sentido de caso os "superiores interesses da criança não estiverem garantidos, que poderá voltar para Portugal"! -Podemos acreditar nestas palavras?!

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