terça-feira, 28 de julho de 2009

darussia.blogspot.com - José Milhazes

Natália Zarubina, mãe da menina russa que foi retirada à família de acolhimento portuguesa pelo Tribunal de Guimarães, inscreveu-se num centro de emprego e já lhe foram feitas propostas de trabalho que ela aceitou, noticia hoje o diário russo Komsomolskaia Pravda."O centro de emprego do concelho de Pervomainski [onde se situa o local de residência da família de Natália] já encontrou para ela emprego no campo da costura e na esfera da restauração", declarou ao jornal Liudmila Gurova, directora do centro de emprego."Natália não recusa as propostas feitas. Ela tem vontade de trabalhar", frisou Gurova.Olga Kuznetsova, jornalista do Komsomolskaia Pravda que acompanha de perto o caso Alexandra, declarou à Lusa que a criança começou a frequentar o infantário de Pretchistoe (vila onde vive a família dos Zarubin) na segunda-feira passada e "já começou a criar amizades com as colegas".Entretanto, o caso Alexandra continua a provocar discussões na sociedade russa. Anatoli Kutcheren, presidente da comissão para a reforma judicial da câmara social junto do Presidente da Rússia, reconhece que se trata de um "caso complicado", mas põe de lado a possibilidade da criança ser devolvida ao casal de acolhimento."Continuo hoje a considerar que o tribunal português tomou uma decisão legítima. Ele não tinha qualquer razão para separar à força a mãe da filha e entregá-la à família que a educou", declara Kutcheren numa carta publicada hoje na imprensa russa."Porém, continua o conhecido advogado russo, "a lei não pode abranger o inabrangível", ou seja, prever todas as colisões de que está cheia a vida humana"."Por isso, em casos análogos, defendo sempre que as partes do conflito devem partir sempre dos interesses da criança, do seu bem-estar, tentando criar condições óptimas para o seu desenvolvimento físico e espiritual. Infelizmente, com muita frequência, vencem as ambições e o desejo doentio de defender, com todas as forças, a própria razão", frisa.Anatoli Kutcheren defende que "não se deve fechar os olhos ao facto de a transferência da pequena Sandra Zarubina de uma família portuguesa, citadina e estável, para uma casa velha e mal cuidada no distrito de Iaroslavl ter criado para ela problemas enormes e constituído um factor psico-traumático"."Ela praticamente não fala russo e não se compreende muito bem como poderá estudar na escola. Não tem ninguém com quem falar em português, por isso deverá esquecer a língua que, no fundo, é a sua língua natal, e desconhece-se se irá dominar plenamente o russo", sublinha.O advogado também afirma estar preocupado com a forma como Natália Zarubina trata da filha, mas acrescenta: "Claro que agora não se trata de devolver a criança à família portuguesa, mas é necessário fazer tudo para que o seu destino seja feliz."Contactada por telefone pela Lusa, Natália afirma estar a ser controlada "como uma formiga à lupa" e desmente todas as acusações que são feitas na imprensa russa.A mãe de Alexandra confirmou que está à procura de emprego, mas frisou que tenciona visitar Portugal, acompanhada das duas filhas e do irmão."Depois de pôr a documentação em ordem, vamos a Portugal e eu já dei essa notícia à Sandra", concluiu.

A avó de Alexandra Zarubina, a criança russa entregue à mãe após quatro anos com uma família de Barcelos, tenciona impedir que a menina viaje para Portugal, apesar de a mãe já ter admitido fazê-lo.
“Ninguém tenciona ir a lado nenhum. Eles confundem o sonho com a realidade”, declarou a avó de Alexandra, Olga Zarubina, numa entrevista à agência noticiosa Ria-Novosti, comentando as notícias de que a mãe da criança tenciona visitar Portugal com as duas filhas e o irmão.
Contactada anteriormente pela Lusa por telefone, Natália Zarubina, mãe de Alexandra, admitiu a possibilidade de visitar Portugal para ver as propostas de residência e emprego que lhe tinham sido oferecidas por entidades públicas e privadas portuguesas.
Segundo a avó, “os portugueses querem tentar fazer regressar Natália a todo o custo, para lhe tirar Sandra”.
“Eles (família de acolhimento) não precisam da Natália. Tentam atraí-la juntamente com a Sandra para Portugal, porque a menina está inatingível para eles na Rússia”, acrescenta a avó, sublinhando que as intenções da parte portuguesa estão longe de ser “boas”.
“Se eles realmente quisessem ajudar, há muito poderiam ter feito isso. Eu não sei para que precisam disto, mas não se trata de amor pela menina”, diz Olga Zarubina, insinuando haver “interesse” da parte da família que acolheu a criança.
A avó reconhece que os “portugueses” telefonam constantemente a Natália para a convencer a regressar com Alexandra, mas mostra-se categoricamente contra isso.
“Não excluo que Natália vá a Portugal para legalizar um documento, mas não permitirei que Sandra vá com ela. Se ela for, vai sem a filha”, frisou.
“Depois de conseguirem o seu objectivo, eles farão com Natália o que quiserem, não podemos excluir isso”, considerou.
Alexandra encontra-se na Rússia há quase dois meses e, na segunda-feira passada, passou a frequentar um infantário da vila de Pretchistoe, onde vive a família Zarubin.

9 comentários:

  1. continuo a acreditar.

    pela a ALEXANDRA sempre.

    MUITA FORÇA CASAL PINHEIRO.

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  2. Nem sei que dizer...

    Estou contigo Raquel.

    CONTINUO A ACREDITAR!!!!!!!!!

    POR UMA VEZ PERGUNTEM À XANINHA O QUE ELA QUER...

    DEIXEM QUE SEJA ELA A DECIDIR E NÃO FAÇAM DELA UM BRINQUEDO!!!!!!!!!!!

    Força a todos!

    Até breve Xaninha!!!!

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  3. Deixem-se de palhaçadas e, se verdadeiramente querem ajudar alguém, criem as condições para a paquena Alexandra ser feliz junto da SUA FAMÍLIA.

    Não se armem em raptores de crianças.

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  4. "Raptores de crianças"!!!! - ele há cada um...

    O que é que este "sr. anónino" chamaria ao "senhor juiz" e demais "diplomatas" que DEPORTARAM A CRIANÇA DE 6 ANOS?!?!

    Como é que o "sr. anónimo" define FAMÍLIA?!



    Paula de Coimbra

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  5. Concordo consigo Paula. Este anónimo não sabe do que está a falar, para mim é "ignorante" eu já dei a minha resposta no outro comentário.

    PELA XANINHA SEMPRE COM MUITO AMOR. E COM AMOR CONSEGUE-SE TUDO....

    BEM AJAM A TODOS E FAMILIA PINHEIRO

    Isabel

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  6. A mãe não têm que se meter na vida da filha,nem fazer pressôes!

    Mas também se a mãe não manda,e quem sâo voçê para mandarem na Natália e fazerem pressão e chantagearem a mulher!!??

    Ainda não ouvi ninguém a dizer que vão ajudar a Natália a sair da bebida e a ter uma vida digna...

    Querem que ela volte para se apoderarem da menina e depois as ajudas que se lixem!

    Pensarão que uma casa é tudo...e o resto...?

    É só a Natália discordar com alguma coisa cá em Portugal,que fazem-le a vida negra!

    E fizeram-na ao não entregarem a menina quando o deviam fazer,foi preciso o tribunal...

    e ai porque não fizeram nada?!

    se não tinham as mesmas condiçôes que agora,quais?de uma casa e emprego??
    Quando há vontade,tudo de faz,ou fazia para que mãe ficasse cá junto com a filha...

    mas não se maribaram para a mâe,pensando que iam ganhar em tribunal e ficarem com a menina,sem se importarem se também seria prejudicial separar a filha da mâe...

    Enfim...

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  7. Acho perfeitamente natural que uma Avó cuide da sua família. Tenha os defeitos que tiver, é Avó e está a defender a sua filha e a sua neta por muito que isso custe a certo tipo de gente. Já deixei de ser visita ao blogue português sobre a Alexandra porque existem comentários de um certo tipo de gente que realmente ultrapassam o considerado minimamente admissível em ordem às pessoas escolherem livremente as suas vidas e o seu destino ou o seu futuro.

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  8. vai pastar.
    e agora que blogue freuqntas?
    o blogue russo que stá em link neste blogue?
    Fptrad do outro lado da linha? :)))
    já fizeste suficiente alhadas aquí. :)))

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  9. Ó SNR. ANÓNIMO DA 21:12 VÁ PARA A ESCOLA APRENDER A ESCREVER.
    NEM OS ACENTOS ORTOGRÁFICOS CORRECTOS SABE COLOCAR!!!
    E SÓ DIZ BACORADAS!!!!!
    PRIMEIRO, LEIA, E INFORME-SE SOBRE O CASO!!!
    IMBECIL !!!

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